Lagoaça, essa bela aldeia
Que trago sempre presente na ideia
Lá, grandes amigos eu conheci,
Lá, grandes momentos eu vivi...

Nuns momentos um pouco entediado,
Noutros momentos um pouco embriagado.
Porém, não me canso de lá estar,
Aquela gente tão fixe faz-me pensar:

"E se meus pais não tivessem aqui nascido?"
"Esta aldeia maravilhosa jamais teria conhecido"

Imaginando a NOSSA Cruzinha, depressa afasto esse pensamento
Vejo o pessoal todo reunido, passando outro belo momento.
Somos como uma grande e unida família,
Peregrinando para a cruzinha em mais uma vigília.
Ali estamos todos a conviver, todos no chão esticados.
Apenas pelo céu encobertos e pela luz da lua cheia iluminados...

Depressa a lua vai embora, está farta de nos ver,
O sol nasce agora, contente por saber
Que mais de um ano já passou
E a nossa amizade não se dissipou
Antes pelo contrário, ainda mais forte se tornou!

A malta vai toda embora...
Lagoaça fica deserta agora!
É um ciclo que nunca irá cessar,
Pois toda a gente quer lá parar!

Agora vou-me embora, mas fica prometido!
Para o ano estou cá! Isso é certo e sabido!
Por isso quando eu voltar,
Quero-vos todos a vir!
Não vos quero a desculpar:
"Ah e tal não pude ir..."
Quem fizer isso comigo ‘tá fodido!
Falo por toda gente quando eu o digo!

Estamos em Setembro, férias a acabar,
A Festa terminou, as aulas vão começar...
Adeus minha aldeia, adeus gente querida,
Todos cheios de emoção- É a despedida...